Mattel revoluciona e lança Barbies que todas nós sonhamos ter

Sempre fui apaixonada por Barbies. Passei a maior parte da minha infância me divertindo com as bonecas, os carros cor-de-rosa, aviões, casinhas e milhares de roupinhas que a Mattel desenvolvia a cada ano que passava. Acredito que todas as meninas da minha geração gostariam de uma Barbie parecida com elas ou pelo menos se perguntaram por que eram tão diferentes das bonecas. Seja no tom da pele – pois a maioria das bonecas eram loiras – ou pelo porte físico.

Essa semana recebi a notícia de que, após 57 anos de história, a Mattel anunciou uma grande mudança, talvez a maior de toda a história da marca: o lançamento de Barbies com novos formatos corporais. Desde 1959, ano em que foi criada, a Barbie é criticada por promover um único padrão de beleza entre as crianças. É a primeira vez que a marca realiza uma alteração relevante na proporção corporal das bonecas. Além da Barbie tradicional, a nova coleção Fashionista conta com os formatos petite (miúdas), curvy (curvilíneas) e tall (altas). Também lançará bonecas com 7 tons de pele, 24 tipos de cabelo e 22 cores de olhos.

A notícia me deixou extremamente feliz e emocionada pelo seguinte motivo: esse não é um lançamento qualquer. Ele representa o início de uma grande mudança. Ele tem sintonia com as discussões que nos deparamos atualmente sobre padrões de beleza, diversidade, quebra de estereótipos e principalmente, o feminismo. Ele trás a mensagem de que nós, meninas e mulheres do futuro, podemos ser aquilo que quisermos ser. Que todas nós somos diferentes, mas igualmente lindas. Trás a oportunidade de cuidar dessa nova geração de crianças e mostrar que podemos nos aceitar exatamente como nós somos. Essa coleção dá a oportunidade às crianças de se sentirem representadas pelas bonecas. Crianças negras, asiáticas, gordinhas, miúdas e muitas outras, nunca se viram representadas e, por meio da imagem do brinquedo, essas crianças imaginam um ideal de beleza inalcançável: cabelo liso, ser magra e branca. E em um país como o nosso, que existe uma miscigenação intensa, o que definitivamente não temos é um padrão. Ainda bem.

E tudo isso é lindo, é uma vitória, pois imaginem que cada vez que uma criança dessa geração for presenteada com uma Barbie, ela poderá ser aquilo que quiser ser, sem julgamentos, sem se perguntar por que é tão diferente. Sem pensar que é um defeito ser diferente. As nossas diferenças são o que nos fazem únicas. E essas crianças precisam descobrir o quanto é maravilhoso ser uma edição limitada – não nas prateleiras – mas no mundo inteiro.

Obrigada, Mattel.

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